É um filme de terror não convencional, feito num gênero já bem difundido que relata a vida de um jovem pastor desacreditado em demônios e exorcismos, então resolve fazer o seu último exorcismo aproveitando o recebimento de uma carta urgente da família Sweetzer. Por isso o nome do filme é "O Último Exorcismo".
No site do Cine Pop há a seguinte sinopse do filme: "Quando o reverendo Cotton Marcus (Patrick Fabian) chega à fazenda de Louis Sweetzer (
Louis Herthum) na Louisiana, ele espera realizar mais um exorcismo de rotina. Fundamentalista, Sweetzer entrou em contato com o pregador, como um último recurso, certo de que sua filha adolescente Nell (Ashley Bell) está possuída por um demônio que deve ser exorcizado antes que uma tragédia inimaginável aconteça. Cotton permite que seu último exorcismo seja filmado para a realização de um documentário. Mas, ao chegar à fazenda da família, ele se surpreende ao perceber que nada se compara ao verdadeiro mal que encontra lá. Agora, tarde demais para voltar, as crenças do reverendo Marcus ficam abaladas até o âmago, quando ele e a equipe de filmagem precisam encontrar uma maneira de salvar Nell e salvarem-se também, antes que seja tarde demais".
Há cenas no filme que nos faz lembrar: Bruxa de Blair (por causa da câmera amadora, o formato de documentário, e as cenas voltadas para realidade, como: correr com a câmera, mostrar detalhes de si mesmo etc), O Exorcista (nas cenas do suposto exorcismo no quarto de Nell Sweetzer e no hotel em que o reverendo Cotton estava hospedado, quando ela aparece e acaricia sensualmente e com segundas intenções a jornalista Iris (
Iris Bahr), O Exorcismo de Emily Rose (as cenas no celeiro e a fazenda da família Sweetzer ser no meio do nada) e Atividade Paranormal (as cenas em que Nell fica como que hipnotizada e até o fato de uma outra pessoa estar gravando).
O uso da câmera amadora é para mostrar a agonia nas cenas de terror e comunicar a idéia de realidade. O filme ganhou ponto comigo porque não foi tendencioso e soube amarrar bem a história no início e meio mas, o final ficou a desejar.
O reverendo Cotton tenta desmitificar o exorcismo mostrando a câmera seus truques para exorcizar a vítima possuída, tentando provar que a posseção demoníaca não existe. Mesmo em alguns momentos do filme provando que Nell não estava possuída pelo demônio que chamam de Abalan, era a garota querendo chamar atenção, o final fica um pouco confuso com a prática daquele ritual satânico, com a retirada do feto de dentro de Nell e jogando no fogo que fica com formato de um demônio. Não dá para compreender bem isso. Porque no enredo do filme mostra que Nell estava mentindo o tempo todo e os truques do personagem Cotton colabora e poucos minutos do término do filme mostra o outro pastor retirando o feto dizendo ser o próprio Abalan dentro dela. Apesar de toda trama do filme não se faz compreensível o final, com certeza se o fim fosse outro teria sido melhor. Como por exemplo: depois que Cotton viu que tudo estava muito perigoso para ele e sua equipe, lembraria que possue uma família o que para ele é mais importante que sua crença ou não em exorcismo. E, voltaria para casa, mas em contrapartida mostraria depois no noticiário a história da fazenda Sweetzer relatando o radicalismo do povo daquele vilarejo, extraindo a criança de dentro da moça, pois acreditavam ser o demônio dentro dela. É uma idéia!
Mas, foi ótimo a utilização do flashback em algumas cenas que o personagem Cotton explica detalhadamente como faz o exorcismo. Então ocorre o jogo de cenas entre o momento do exorcismo de Nell, e toda a preparação para a incenação do mesmo. Foi muito boa também a cena em que Nell usa a câmera gravando sua performace e o pobrezinho do gato quietinho no celeiro que ao vê-la esboça saber que algo de ruim vai acontecer com ele.
A atriz Ashley Bell é muito boa ginasta, mas faltou no filme algumas contorções que ela poderia ter realizado. Como por exemplo a contorção do filme O Exorcista, quando a menina vira-ponte e corre para trás descendo a escada. Mas, como não se tratava de uma possessão de fato...
No mais como já mencionado o filme em si foi muito bom, levando em consideração a verba liberada para realizá-lo. Porém, poderia ter intrelaçado melhor o final com o restante do filme. Eu ouvi falar que em matéria de curta ou longa metragem o que se pensa primeiro é o final, a primeira preocupação deve ser como será o final da película.
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Não houve essa cena no filme, ficaria muito boa se fizesse parte da sequência. Essa cena não deveria ter sido editada. |